Quem esteve na Avenida Beira-Mar Norte, neste domingo (19), em Florianópolis, acompanhando a 9ª Maratona Internacional de Santa Catarina viu um verdadeiro show de superação física dos “Adrianos” (Adriano Bastos e Adriana Aparecida) que passaram por dificuldades durante a prova e foram ao limite das suas forças para vencerem. A maratona foi disputada sob um calor de quase 30 graus, o que provocou um desgaste muito grande nos atletas.O paulistano Adriano Bastos conquistou o bicampeonato da prova ao percorrer os 42,195 quilômetros em 2h21min44s, tempo pior que do ano passado, quando ele bateu o recorde do percurso com 2h16min20seg. Já a representante da cidade de Cruzeiro (SP), Adriana Aparecida da Silva, que participava pela primeira vez de uma maratona, foi a vencedora entre as mulheres com o tempo de 2h41min40seg e de quebra conseguiu o índice para disputar o Mundial de Atletismo, em agosto, em Berlim, na Alemanha.Adriano Bastos se sentiu mal ao final da prova e após a chegada ficou quase uma hora sendo atendido pelo fisioterapeuta, ficou com a musculatura travada. Ele disse que o sol estava muito forte e que pensou em desistir.
“O Claudir Rodrigues saiu na frente e impôs um ritmo muito forte e disparou na frente. Até o quilômetro 38 ele estava quase mil metros na minha frente e pensei que não iria ultrapassá-lo. Já estava conformado com o segundo lugar”, contou. Bastos sentia a fadiga muscular tomando conta do corpo, mas logo adiante percebeu que o adversário também cansou. “Foi aí que busquei minhas últimas forças para vencer a prova e ultrapassar o Claudir exatamente na placa dos 39km. Foi uma prova muito dura”, concluiu.Já Claudir Rodrigues, de Santa Maria, que tentava índice para o mundial, acabou ficando na segunda colocação com o 2h23min2seg e sem a vaga para Berlim. Elias Rodrigues Bastos, de Campinas, cruzou a linha de chegada em terceiro lugar com o tempo de 2h25min15seg.
Na disputa feminina, Adriana Aparecida da Silva fazia sua estréia na distância de 42,195 metros e precisou de toda a sua força para vencer a competição e também conseguir o índice para o Mundial. Uma torção no pé esquerdo, ocorrida em março quando treinava para o mundial de cross-country na Jordânia, atrapalhou parte da preparação da atleta. “Fui pra lá no sacrifício e para competir aqui tive que fazer um trabalho diário de fisioterapia. Mas valeu a pena”. Ao cruzar a linha de chegada ela foi às lagrimas ao saber pelo seu técnico Cláudio Castilho, que havia conseguido o índice para o mundial.Para vencer a prova, Adriana montou uma estratégia de não se distanciar do pelotão que saiu na frente. A partir do quilômetro 20, passou a dividir a primeira colocação com Michele das Chagas, de Bragança Paulista, que terminou na terceira colocação com o tempo de 2h47min3seg. Posteriormente, no quilômetro 26, tomou à frente da prova, posição que se manteve até o final da competição.
A mineira, de Itajubá, Rosângela Raimunda Pereira ficou com o segundo lugar com o tempo de 2h43min51seg. Entre os participantes catarinenses da maratona, o melhor classificado foi o pintor de paredes de Bombinhas, Giliard Altair Pinheiro, que chegou em quarto lugar na classificação geral com 2h25min26seg. Já na categoria cadeirantes, Carlos Roberto Oliveira, de Porto Alegre, venceu pela terceira vez com 2h4min13seg. Entre as mulheres o título foi de Erinelda Rodrigues da Silva.A Maratona Internacional de SC teve a participação de 1.300 atletas dos 1.500 inscritos. A competição é um evento do Governo do Estado através da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte e organizada pela Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte).
Foram distribuídos mais de R$ 80 mil reais em prêmios, para os dez primeiros colocados na classificação geral da maratona masculina e as seis primeiras colocadas do feminino e também aos melhores de suas categorias.
Assessoria de Comunicação Fesporte