O secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Leonel Pavan, participou na quarta-feira, 18, em Brasília, de uma mobilização do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur) junto a deputados federais e senadores pela agilização do projeto de regulamentação dos jogos e cassinos no Brasil. Estimativas do próprio governo apontam que a União deixa de arrecadar R$ 37 bilhões por ano com a não-legalização dos jogos e que o mercado ilegal faz circular hoje cerca de R$ 20 bilhões, bem mais do que rendem os jogos oficiais no país - cerca de R$ 12 bilhões. Ainda pelos projetos em tramitação, parte da arrecadação seria destinada aos fundos de assistência social, além do turismo.
Herculano Passos, da Frente Parlamentar em Defesa do Turismo; Felipe Carreras, presidente do Fornatur, e secretário Leonel Pavan
"Precisamos que os projetos sobre a regulamentação dos cassinos avance o mais rápido possível", disse o secretário Pavan. Hoje, Segundo o Ministério do Turismo, cassinos e bingos são legalizados na maior parte dos países que compõem a Organização das Nações Unidas (ONU): dos 194 países que compõem a ONU, 156 têm a legalidade dos jogos de azar - entre os que não têm, 70% são países islâmicos. "Estamos mobilizados para novos e mais investimentos no turismo. O país não pode virar as costas para uma atividade que no mundo inteiro dá certo e movimenta milhões em impostos que são revertidos para as áreas sociais", observou o secretário Leonel Pavan.
Segundo o presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo, deputado federal Herculano Passos (PSD-SP), o requerimento de urgência que pede a votação dos projetos de lei que tratam da regulamentação dos jogos e cassinos, da transformação da Embratur em agência, da abertura do capital das empresas aéreas e ainda da Lei Geral do Turismo, está pronto para ir a votação em regime de urgência nos plenários do Congresso. "Com a aprovação desse requerimento, o projeto e seus apensados serão levados direto para o plenário sem ter que passar por comissões. Com isso, aceleramos a tramitação e resolvemos essas questões fundamentais para o turismo num tempo muito menor”, explicou o deputado Herculano.
Pelos atuais projetos de lei que tramitam no Congresso, os cassinos, se aprovados, só poderão funcionar em complexos turísticos que contenham, além do espaço de jogos, hotel de luxo, shopping, restaurantes, áreas de entretenimento, centro de convenções e outras áreas de lazer. Também estariam limitados ao número de habitantes. Até agora, o que se tem previsto é que estados com até 15 milhões de habitantes poderão ter um cassino, caso de Santa Catarina. Aqueles com população entre 15 milhões e 25 milhões poderão ter até dois, como é o caso de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. São Paulo, que tem mais de 25 milhões de habitantes, poderá ter até três.
Também participaram da mobilização ocorrida pela manhã, no Anexo IV da Câmara Federal dos Deputados, o presidente da Embratur, o catarinense Vinícius Lummertz; o presidente do Conselho Estadual de Turismo, Rogério Siqueira; o senador Dalírio Beber; e os deputados federais João Rodrigues e Celso Maldaner.
À tarde, também na pauta do dia, o secretário participou de reunião ordinária do Fornatur, quando foram propostas novas ferramentas para evolução, recepção e atendimento dos turistas em cada estado brasileiro, além de analisada a proposta de criação de uma Federação Nacional das Regiões Turísticas do Brasil.