Conhecida pelas temperaturas mais baixas do Brasil, a região turística Serra Catarinense proporciona ao turista diversas atrações em 17 cidades cujas altitudes, na maior parte, ficam acima de 1000 metros. A hospitalidade calorosa, a comida farta, cavalgadas e clima de montanha são os grandes atrativos da região. Outro fator contribui para o desenvolvimento do turismo na Serra Catarinense: em alguns destinos é possível chegar em apenas duas horas, partindo da capital.
Por iniciativa de fazendeiros locais, na Serra foram construídos os primeiros hotéis-fazenda e pousadas rurais do estado. Em estruturas rústicas e centenárias, é possível encontrar ambientes que oferecem conforto, como salas de ginástica e saunas, aliando modernidade à simplicidade do campo para dar mais aconchego ao visitante.
Adeptos do Ecoturismo também encontrarão excelentes condições para a prática e de esportes radicais. Rappel, montanhismo e trekking podem ser realizados no relevo acidentado da região, onde se encontram canyons, rios e cachoeiras - algumas com mais de 100 metros de altura e picos encontrados com abundância.
Entre as paisagens que mais atraem visitantes está a Serra do Rio do Rastro, inserida na cordilheira da Serra Geral a 1.460 metros acima do nível do mar. É um cartão postal do estado de Santa Catarina devido às magníficas curvas, em 12 km de extensão e paisagens que podem ser apreciadas de um mirante situado a 11 km do centro do município de Bom Jardim da Serra. Em dias de tempo aberto, é possível enxergar o mar a mais de 100 km de distância.
Outro atrativo está no Parque Nacional de São Joaquim, no Mirante do Morro da Igreja. A vista encanta os visitantes, pois é lá que está a famosa Pedra Furada. É importante destacar que desde 2013 o acesso ao local vem sendo limitado para evitar o excesso de veículos transitando na área. As autorizações para visitação devem ser retiradas na sede do Parque Nacional que fica no município de Urubici. (Avenida Felicíssimo Rodrigues Sobrinho, 1542 - Bairro Esquina - Urubici – SC) entre 8h e 12h ou entre as 13h e 16h30. A estrada que conduz até a Pedra Furada começa no município de Urubici.
Quem visita a Serra não pode deixar de conhecer as vinícolas instaladas em São Joaquim e cidades vizinhas. O clima de montanha e as características do solo permitem a produção de uvas finas, e consequentemente, vinhos de alta qualidade. No mês de março é realizada a Vindima de Altitude, colheita das uvas para a produção do vinho típico da região.
Nos meses de outono e inverno, um produto local chama a atenção dos visitantes: é o pinhão, que no Brasil pode ser encontrado apenas nos três estados do Sul. Em Lages, maior cidade da região, todos os anos acontece a Festa Nacional do Pinhão para celebrar a colheita. O pinhão também é indutor de outro tipo de turismo: o de observação de aves. Centenas de gralhas azuis, papagaios-charão e papagaios-de-peito-roxo migram à região nesta época do ano em busca do alimento.
O Morro do Campestre, também conhecido como Morro da Cruz, uma formação de arenito localizada 1380 metros acima do nível do mar, localizada nos altos da Serra do Campestre, fica a aproximadamente 8 km do centro de Urubici, por uma estrada sem pavimentação, pela Rodovia SC-439 (Av. Rodolfo Andermann) em direção ao município de Rio Rufino. O ponto turístico está dentro de uma propriedade particular, tendo o acesso liberado ao pagar uma pequena taxa em uma casa logo na entrada. A subida é íngreme e indicada apenas a carros off road. Pode-se também ir a pé em um percurso de aproximadamente meia hora.
Para quem gosta de pesca, a Rota da Truta abrange vários municípios: Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Lages, Painel, Rio Rufino, São Joaquim, Urubici e Urupema. O peixe é encontrado nos rios Pelotas, Canos, do Bispo, do Tigre e Lava-tudo, que passam por essas cidades. A Serra conta também com empreendimentos pesque-pague, onde o visitante pode levar os peixes que conseguir capturar nos açudes destinados à atividade.
Luiz Roberto Francisconi
Ascom SOL