Encerrou na manhã desta quarta-feira (27/08) em Chapecó, a bocha do Parajasc para paralisado cerebral da classe BC3, a mais comprometida do segmento. Foi campeão o joinvilense Renato Dolcan que teve como "calheira" sua mãe, Iracema. Em segundo ficou Fernando Wolfram, de Itajaí, com auxílio da Aline Barros e na terceira colocação a atleta Volneide Machi, de Xaxim, que teve como calheira Laine Perin.
Os três atletas terminaram empatados, com uma vitória e uma derrota cada, sendo que o critério de desempate (saldo de pontos) definiu o campeão do Parajasc 2008.
Sem movimentos coordenados de braços e pernas, estes atletas necessitam de auxílio de uma pessoa, a chamada "calheira", que posiciona uma calha, por onde a bola rola em direção ao bolim, já que eles tem o cognitivo preservado e capacidade normal de raciocínio. O posicionamento da calha (direção e altura), é feito através de gestos faciais, já que a "calheira" obrigatoriamente fica de costas para a cancha. Para chegar neste nível de competição, o volume de jogo e o conhecimento dos gestos do deficiente devem estar perfeitamente sincronizados.
Segundo a técnica de Joinville, Francielli de Rezende, o trabalho para este "tipo de paralisado" passa pelo estímulo motor, trabalho pedagógico, educativo, de força e direção. Ela cita o caso do campeão Renato, que tem o apoio do Centro Especial Esportivo para Pessoas Especiais - CEPE, uma ong que mantém em treinamento equipes de basquete para cadeirantes, natação, atletismo e bocha, em parceria de espaços físicos com a Univille e as escolas Elias Moreira e Mário Tim.
Assessoria de Comunicação - Fesporte