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O segundo dia da 12ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis começou cedo. Gestores municipais, educadores e produtores culturais de várias partes do Estado de Santa Catarina, reuniram-se na manhã deste sábado (29) na sala de cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), para debater sobre a utilização e a importância do audiovisual e das artes como ferramentas na educação das crianças.

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Beth Carmona, Karen Accioli, Luiza Lins e Evandro Salles. Foto: Henrique Pereira

A moderadora do encontro, Luiza Lins, idealizadora da Mostra, discorreu sobre a importância do investimento no setor para a formação de um novo olhar, tratando o público infantojuvenil como, mais que consumidores, cidadãos em formação.

Beth Carmona, presidente do MIDIATIVA e mentora do COMKIDS, um portal que reúne programas de televisão, workshops e mantém há 10 anos um festival de cinema internacional com produções voltadas para o público infantojuvenil, abriu a discussão ressaltando a importância de oferecer ao pequeno espectador conteúdo com o qual ele se identifique, despertando no indivíduo a sensação de pertencimento, com uma produção audiovisual que caiba na realidade do jovem. Diferente de oferecer à criança brasileira um seriado ambientado em escola americana, por exemplo. Beth é jornalista, radialista e desenvolvedora de um conceito de programação que procura retratar e tratar a criança como criança, respeitando cada etapa do desenvolvimento infantil. A jornalista também ratifica a importância dos projetos apresentarem informação estética, formato criativo e histórias bem construídas.

O artista plástico Evandro Salles foi o segundo convidado a compartilhar a experiência educacional infantil que consolidou com o projeto Arte para Crianças. Evandro percebeu nos pequenos uma capacidade única de aproximação da obra, dispensando mediador, algo como apropriação do significado. “A missão da arte é materializar para as pessoas em geral, e em especial para as crianças, a possibilidade de se apossarem da cultura de modo a se posicionarem no mundo como sujeitos plenos”, ressalta. A arte de Evandro sofreu forte influência das criações de Yoko Ono, artista mundialmente reconhecida no circuito modernista por obras como o jogo de xadrez com todas as peças brancas, que intenciona a sensação de completude entre os jogadores.

A criadora do Festival Intercâmbio de Linguagens (FIL), Karen Accioli, terceira convidada a falar, trouxe ao palco do CIC a vivência como criadora do Festival, que comemora 11 anos em setembro e aposta na convergência de estilos, estimulando a “bagunça” como impulso criativo. Karen acredita na arte como forma de estabelecer o afeto e aproximar pais e filhos no corre-corre cotidiano. “Há que se ter tempo e dedicação para dar a base estrutural para este filho rebolar depois”, explica.

Ingrid Bezerra- Ascom/SOL

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